quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

MEMÓRIAS E HISTÓRIAS


São Paulo é uma cidade onde todos "chegaram" de algum lugar.
Alguns com a clara intenção de ficar "um tempo"
e voltar para "terra natal".
Aconteceu com bisavós, tios, avós, "aparentados e agregados".
Aconteceu conosco.
A ansiedade de saber como é o novo lugar,
a saudade antecipada do que deixamos para trás ...
Tendo como único consolo
a "certeza de que tem que dar certo".
Quantas histórias, lembranças e causos!
Quanta "estranheza" de modos, cheiros, sabores e costumes!
Pois esse é justamente o ponto de partida para nosso trabalho em 2010!
Escrevam contado o que se lembram.
O que ouviram de pais e avós.
Transcrevam as memórias dos amigos que não tem internet.
Afinal somos a soma de todas essas histórias.
Abram malas, baús e memórias!
Estamos partindo para o nosso passado!
Para mais um "novo-velho" lugar!
Literalmente.






6 comentários:

Nani disse...

Julião, acho mais fácil escrever pequenos fragmentos.
Final do século XIX. Nos confins de Minas.Um casal de fazendeiros prepara o casamento da única filha, de 15 anos, com um "bom moço" do Rio. Filho de um compadre. Casamento "acertado na infância".Então, a menina aparece grávida!!!! Como? Quem? Trêmula, sua única resposta foi: "de um anjo". Procura daqui, procura dalí, o anjo era um soldado "francês" desgarrado no sertão mineiro. Resultado: o moço foi executado, a mocinha internada num convento. De onde nunca mais saiu. Não conheceu a filha, adotada pelos avós. Essa criança foi uma das minhas "tetra-avós". Um dos "segredos de família", guardado a "sete chaves" durante dezenas de anos! Depois conto mais.Nani.

Dalton disse...

Final do século XIX. Porto de Santos.
Toda a família do avô do Dalton vai ao porto esperar a futura noiva, também do sul da Itália.
Enquanto aguarda a descida do navio, a mocinha vai visualizando todos da nova família. Ao trocar olhar com um dos futuros cunhados, "saltam faíscas de amor". Percebidas imediatamente pelo futuro marido. Resultado: nunca mais falou com o irmão, e nunca mais pode ficar na mesma sala onde estivesse a cunhada!50 anos depois, já velhos, só se cumprimentavam, bom dia-boa tarde, ele na rua e ela ocasionalmente na janela. Nani.

Nani disse...

Queridos e Queridas.
Quem transcrever a história de outros, identifique o nome, como acabei de fazer. Assim, se o Julião precisar de mais detalhes, sabe a quem recorrer.
Beijão, Nani.

Anônimo disse...

quando criança ouvia meu pai contar
a historia de quando vieram da ITALIA para o BRASIL com seus pais e irmaos,lá pelos anos 1890...ele tinha 8 anos ,era o mais velhode 5
irmaos.vieram como imigrantes,tentar a vida no Brasil.naquele tempo os imigrantes
sofRIAM
muito para chegar ao seu destino;um lugar desconhecido,que sóestranhos os esperavam.levavam
de 30 a 40 dias ,viajando no porão
de um navio em precarias condiçoes.
pelo vidro ou janela só viam agua e mais agua dias apos dias .
as refeiçaoes e a limpeza eram pessimas.muitos adoeceram e morreram com a febre TIFO.
UM dos meus tios ,o menor, com 1ano emeiopegou a febre e morreu.ele contava que o desespero
era tanto que tomava conta de todos.minha avó segurou nos braços
durante um dia o filho morto,quando descubriram atirarão
ao mar...no porto de santos quando
o navio atracava estavam os fazendeiros de café e ja levavam opessoal para a fazenda ,lá tinha
casa comida e muito trabalho,tinha
tambem castigo paraquem não ompria as ordens.eram muitos severam! meu avõ e meu paiforam para o cafezal;minha avó foi para o fogão
cozinhar para o pessoal e a familia.meus avós faleceram anos depois. meuPAItrabalhou muito,mas comprou muitas terras teve uma vida
melhor ate um carro ,FORDE .AQUELE
DE RODASde borracha com enchimento.
mas na revolução de 1929 ele teve
que dar para o exercito ,para que
minhas tias não fossem violentadas
pelos soldados.depois veiotrabalhar
em outra fasenda onde conheceu minha mãe ;casaram

Anônimo disse...

ELES CASARAM E FORAM FELIZES E AQUI
ESTOU...COM MAIS 3 IRMÃS BJS LILA.

DESCULPEM OS MEUS ERROS,PURA DISTRAÇAO POIS FAZENDA SAIU COM S;
NÃO É ELSA !COM ESSE!!!UM BEIJO
AMIGA.LILA.

Ruth disse...

A História do meu avô é parecida. Veio da Polonia ainda menino. No porão do navio alguém ensinou um pouquinho de espanhol para falar na América. Durante uma tempestade, a cabine deles ficou alagada. Perderam a mala que era de papelão. Quando desceram em Santos,alguém arranjou papel de embrulho rosa e barbante, para embrulharem as roupas. De lá, foram levados direto para uma fazenda de café. Muito tempo depois, ele descobriu que aqui no Brasil não se falava espanhol e ria. Mas a lembrança da trouxinha de papel no lugar da mala, sempre fazia ele chorar. Na tampa da mala minha bisavó tinha escrito o nome de toda familia, antes de partirem.
Ruth.