Rosaura Heleno foi mais uma pessoa que saiu da "Rádio Ilusão", com "nostalgia"
Contou que no seu trabalho, encontrou, há pouco, uma cliente de mesma idade e nome.
Por causa de uma personagem que encantara suas mães.
De um filme? Radionovela? Circoteatro? ... Não sabem ao certo.
A primeira informação que eu tinha no arquivo da "Rádio Ilusão" veio lá da "terrinha", em Minas.
Em 1954, o escritor mineiro, Luiz Canabrava escreveu o conto "Sangue de Rosaura".
Foi um furor em circoteatros e radionovelas.
Lila Heleno, acha que foi de um filme que assistiu em preto e branco. Grávida, se apaixonou pelo nome da personagem e saiu do cinema com a decisão: se for menina, vai chamar Rosaura.
Encontrei na internet o filme argentino,(1958), que é cultuado até hoje, como um dos melhores: "Rosaura a las Diez". No Brasil passou com o título de "Rosaura".
Pelas poucas fotos que vi, é um belíssimo filme "noir". Narrativa inovadora.
Mas o que me emociona é a capacidade do "teatro" de despertar a memória afetiva positiva de quem participa e de quem assiste. Sendo o tema "rádio", vira uma catarse mesmo. Já sei de outras histórias "acordadas" pela "Rádio Ilusão".(Estavam apagadas, esquecidas, massacradas pelo cotidiano). Será que é isso que chamam de "magia" do teatro?
Fazer acreditar que temos algo "valioso" em nosso poder. Que não vemos. Não tocamos. Mas que nos toca, os envolve, nos dá força para transcender?